Ex-prefeito de Bonfim é alvo da PF por fraudes em licitações para estradas e desvio de R$ 40 milhões
26/11/2025
(Foto: Reprodução) Joner Chagas, ex-prefeito do município de Bonfim (RR)
Reprodução/Instagram/Joner Chagas
O ex-prefeito de Bonfim, Joner Chagas, de 51 anos, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (26). Ele é suspeito de participar de um esquema de fraudes em licitações e desvio de mais de R$ 40 milhões que seriam usados na manutenção de estradas vicinais no interior de Roraima.
Ao todo, 7 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Boa Vista e Bonfim, no Norte do estado. A ação foi batizada de Operação Déjà Vu. A investigação começou em setembro deste ano, quando 3 pessoas foram presas após sacarem mais de R$ 510 mil em espécie na capital.
Por meio de nota, Joner Chagas informou que a PF "está cumprindo o seu dever institucional". Disse ainda que está "tranquilo e confiante de que a verdade vai prevalecer".
"Vou provar a minha inocência no curso do processo. Sigo firme, trabalhando por Roraima e pelos municípios, com a consciência de quem sempre agiu de forma correta e responsável", finalizou a nota.
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A Prefeitura do Bonfim informou que "não é alvo de operação policial e reforça que permanece à disposição dos órgãos de controle e fiscalização para qualquer esclarecimento necessário".
"A gestão municipal reitera seu compromisso com a transparência, a legalidade e o correto uso dos recursos públicos, mantendo total colaboração com as autoridades competentes".
Foi determinado o bloqueio de bens que ultrapassam R$ 2 milhões, além da suspensão imediata do contrato da empresa investigada com o órgão público envolvido. Também houve apreensão de documentos e materiais que devem subsidiar a continuidade das investigações.
Joner Chagas é suspeito de controlar um esquema de desvio de dinheiro em contratos de obras públicas no município. A suspeita é de que ele usava uma empresária como "testa de ferro" para esconder a ligação com os recursos.
🔎 "Testa de ferro" é quem empresta o nome ou documentos para esconder o verdadeiro responsável por um negócio.
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Segundo a PF, o dinheiro seria de origem ilícita e levou os investigadores a identificar possíveis irregularidades em contratos públicos para recuperação de estradas.
De acordo com a corporação, as apurações apontaram que a empresa responsável pelas obras recebeu contratos superiores a R$ 40 milhões, mas não possuía qualquer estrutura física ou operacional compatível com os serviços para os quais havia sido contratada.
As suspeitas incluem medições fraudulentas e movimentações financeiras incompatíveis.
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Os policiais identificaram ainda a atuação de um grupo organizado, que usava uma empresa de fachada para cometer crimes como fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
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