Fazendeiro acusado de grilagem pelo MP de Contas se defende e diz atuar para o desenvolvimento de RR

  • 17/09/2025
(Foto: Reprodução)
MP de Contas acusa ex-presidente do Iteraima e fazendeiro de grilar terras em Roraima Acusado de grilagem de terras pelo Ministério Público de Contas (MPC) de Roraima, o fazendeiro Ermilo Paludo disse nesta quarta-feira (17) que recebeu com surpresa a investigação. Ele afirmou ainda que confia na Justiça e "no devido processo legal". O fazendeiro e a ex-presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), Dilma Costa são apontados pelo MPC como suspeitos de liderarem um esquema de grilagem de terras públicas na região do município de Amajari, no Norte de Roraima. Paludo é um dos maiores produtores rurais de Roraima, com fazendas de milho, soja e criação de gado. Em 2013, foi identificado entre os 12 fazendeiros que ocupavam ilegalmente a região do Ajarani, na Terra Indígena Yanomami. Todos foram retirados da área. "Ermilo Paludo está em Roraima há cerca de 45 anos, sempre atuando como produtor e pecuarista, sendo um dos desintrusados da Terra Indígena Yanomami na qual possuía terras adquiridas de escrituras, oriundas de licitações públicas do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] do distrito agropecuário de Caracaraí", disse, em nota. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 RR no WhatsApp Conforme o MP de Contas, o esquema de grilagem funcionava por meio da atuação de dois núcleos interligados: O primeiro: familiar e particular, liderado por Ermilo Paludo e envolvia parentes e associados, entre eles Miguel Schultz, além da filha Viviane Paludo Schultz e Luiz Sebastião de Andrade Lima. O segundo: ex-agentes e servidores do Iteraima, que tinha a função de validar, acelerar e legitimar processos administrativos de regularização fundiária em desconformidade com a lei. Ao se defender da acusação, Paludo disse ainda que contribui com o Roraima. Ressalta que gera atualmente aproximadamente 50 empregos diretos e mais de 200 indiretos, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento econômico e social do Estado." LEIA TAMBÉM: MP de Contas acusa ex-presidente do Iteraima e fazendeiro de grilar terras e causar prejuízo de R$ 25 milhões CPI que investiga grilagem pede indiciamento da ex-presidente do Iteraima e mais 15 pessoas O esquema, segundo o MPC Fazendeiro Ermilo Paludo é um dos maiores produtores rurais de Roraima Reprodução/Instagram O MPC afirma que Paludo foi o responsável por planejar o esquema de grilagem na Gleba Ereu. "Foi ele quem concebeu a estratégia de fracionar grandes áreas públicas em lotes menores, registrados em nome de familiares e associados, para burlar o limite de 2.500 hectares por pessoa previsto em lei", diz a investigação. Paludo tinha um título definitivo da Fazenda Várzea Bonita, em Mucajaí, com 2.493 hectares — praticamente no limite legal, segundo o órgão. Mesmo assim, abriu processo para regularizar outra fazenda, a Santa Maria, em Amajari, com mais 2.390 hectares. Conforme o MPC, ele ainda apresentou pedidos de legalização de terras em nome de familiares e associados: Miguel Schultz, Fazenda Formosa do Norte (2.283 hectares) Viviane Paludo Schultz, Fazenda Pedra do Sol (1.992 hectares) Luiz Sebastião de Andrade Lima, Fazenda São Sebastião (2.398 hectares) As propriedades ficam próximas e, juntas, somam cerca de 17 mil hectares. "Documentos de posse e declarações foram reaproveitados em diferentes requerimentos, sempre conduzidos pelo mesmo advogado, Jairo Mesquita de Lima", aponta o órgão. "O órgão concluiu que Ermilo Paludo se consolidou como líder de um núcleo familiar voltado à apropriação sistemática de terras públicas", disse o procurador. O g1 tenta localizar a defesa de todos os citados. Pedido ao TCE Com base nas investigações, o MPC pediu ao Tribunal de Contas: Suspensão dos processos e atos administrativos ligados à Gleba Ereu; Afastamento de gestores e servidores investigados; Bloqueio de bens e ativos dos acusados; Abertura de tomada de contas especial; Anulação de títulos expedidos; Aplicação de multas e responsabilização financeira; Declaração de inidoneidade dos representados; Envio das provas a outros órgãos para responsabilização criminal. Ainda de acordo com o procurador, os ex-dirigentes e servidores do Iteraima, incluindo a ex-presidente Dilma Costa, validavam processos, aceleravam trâmites e deixavam de exigir documentos e vistorias obrigatórias. Além disso, o advogado Jairo Mesquita de Lima, responsável por centralizar documentos, atuava como procurador de beneficiários e para dar suporte para que os processos parecessem regulares. "A gravidade está no fato de que a própria estrutura do Estado teria sido cooptada para legitimar atos ilícitos, transformando o Iteraima em peça essencial do esquema", afirmou o procurador. Segundo Paulo Sérgio, a ação resultou em prejuízo de R$ 25,5 milhões, além de insegurança jurídica, conflitos agrários e descumprimento da função social da terra. A representação também cita indícios de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica, uso de documentos falsos, fraude em licitações, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crimes tributários. CPI das Terras: presidente do Iteraima, Dilma Costa, passa a ser investigada Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

FONTE: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2025/09/17/fazendeiro-acusado-de-grilagem-pelo-mp-de-contas-se-defende-e-diz-atua-para-o-desenvolvimento-de-rr.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Raridade

Anderson Freire

top2
2. Advogado Fiel

Bruna Karla

top3
3. Casa do pai

Aline Barros

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes