Justiça arquiva investigação contra empresária indiciada por tortura no Sul de Roraima
12/09/2025
(Foto: Reprodução) Empresária Luana Lopes Lemos.
Arquivo pessoal
A Justiça de Roraima arquivou a investigação contra a empresária Luana Lopes Lemos, de 36 anos, que havia sido indiciada junto com o marido, o professor universitário Adelson Alves de Lima Júnior, de 46, por suspeita de tortura em Rorainópolis, no Sul do estado. A decisão foi tomada após o Ministério Público de Roraima (MPRR) entender que ela não teve relação com os crimes e retirá-la da denúncia.
No entendimento do MPRR, Luana também foi vítima e agiu sob coação moral irresistível, o que exclui a responsabilidade dela no caso. O argumento foi aceito pelo juiz Raimundo Anastácio Carvalho Dutra Filho, da Vara Criminal de Rorainópolis, na última terça-feira (9).
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Em relação ao professor, a Justiça acolheu o pedido do Ministério Público de Roraima e o tornou réu. Ele vai responder pelos crimes de tortura, constrangimento ilegal e lesão corporal por agredir a empresária.
Luana chegou a ser presa. Com a decisão, a defesa da empresária disse ao g1 que a adotará todas as medidas jurídicas cabíveis para garantir o ressarcimento pelos danos morais, materiais e econômicos causados a ela.
“A verdade prevaleceu. Agora é hora de reparar os prejuízos causados e restabelecer integralmente a dignidade de Luana Lopes Lemos”, disse.
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O casal foi indiciado em maio deste ano por torturar um jovem de 24 anos, após Adelson descobrir que ele era amante de Luana. O crime ocorreu em outubro de 2023, depois que o professor viu mensagens trocadas entre os dois.
Após a descoberta, Luana foi agredida por ele com coronhadas, socos e até com um descascador de laranja, segundo relato da própria vítima e testemunhas. Depois, o alvo principal das ameaças passou a ser o jovem.
O professor armou uma emboscada para atrair e agredi-lo. O jovem foi atacado com socos, chutes, capacetadas, coronhadas e até com uma barra de ferro. Ele sofreu ferimentos pelo corpo, na cabeça e teve o nariz lesionado.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Rorainópolis, conduziu a investigação e apontou que Luana dirigiu o carro que levou o jovem até o local da emboscada. O MP entendeu que ela agiu sob coação do marido, argumento aceito pela Justiça.
Adelson e Luana chegaram a ser presos em março deste ano, mas soltos em abril. Na última terça-feira, a Justiça também manteve integralmente as medidas cautelares impostas ao professor, como a proibição de frequentar bares e casas noturnas e o recolhimento domiciliar no período noturno.
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