Justiça revoga prisão de ex-prefeito investigado pela PF por desvio de R$ 40 milhões
05/12/2025
(Foto: Reprodução) Ex-prefeito de Bonfim é preso pela Polícia Federal em Boa Vista
A Justiça revogou nesta sexta-feira (5) a prisão do ex-prefeito de Bonfim, Joner Chagas, de 51 anos, investigado pela Polícia Federal por desvio de R$ 40 milhões. Ele estava preso desde o dia 27 de novembro e foi internado no Hospital Geral de Roraima (HGR) após passar mal.
A Secretaria de Justiça informou que cumpriu a decisão. No total, ele ficou nove dias preso. Procurado, o Tribunal de Justiça de Roraima não informou se há alguma outra medida determinada contra Joner.
Em nota, a assessoria de Joner informou que a decisão Judicial foi cumprida no HGR, "onde Joner Chagas está internado, em razão de um agravamento do seu estado de saúde. Mesmo com a decisão judicial, ele permanece hospitalizado (leia a nota na íntegra no fim da reportagem)."
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Joner havia sido preso pela PF no contexto da operação Déjà Vu, que investiga um esquema de fraudes em licitações e desvio de verbas destinados à manutenção de estradas vicinais no interior do estado.
O ex-prefeito é suspeito de controlar um esquema de desvio de dinheiro em contratos de obras públicas em Bonfim. A PF apura se ele usava uma empresária como "testa de ferro" para esconder a ligação com os recursos.
Após ser preso, ele apareceu sorrindo na foto de fichamento no sistema prisional.
Internação
Joner foi para o hospital nessa quinta-feira (4). De acordo com os familiares, ele tem diabetes crônica e necessita de controle rigoroso, incluindo administração diária de insulina. Eles disseram o ex-prefeito, até então preso, sofreu uma "piora provocada pela ausência do controle adequado da medicação".
A família relatou ainda que ele chegou ao hospital com a diabetes descontrolada, além de desidratação severa e sinais de comprometimento renal.
Ex-prefeito de Bonfim, Joner Chagas, sorri em foto de ficha após ser preso por desvio de R$ 40 milhões
Reprodução
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Prisão por suspeita de desvio de R$ 40 milhões
Joner Chagas está preso desde 27 de novembro, quando foi detido pela Polícia Federal em Boa Vista durante desdobramentos da Operação Déjà Vu. Ele é investigado por integrar um esquema de fraudes em licitações e desvio de mais de R$ 40 milhões destinados à manutenção de estradas vicinais em Bonfim.
Segundo a PF, Chagas seria o responsável por controlar o esquema e usava uma empresária como “testa de ferro” para ocultar a ligação com os recursos. A investigação aponta que a empresa envolvida não possuía estrutura compatível com os contratos milionários que recebeu.
A prisão ocorreu um dia após a PF cumprir sete mandados de busca e apreensão em Boa Vista e Bonfim. A apuração começou após a prisão de uma empresária, do marido e da filha, flagrados com mais de R$ 510 mil, valor que seria de origem ilícita.
Nota da defesa sobre a liberdade de Joner
"A Assessoria Jurídica e a Assessoria de Comunicação do senhor Joner Chagas, informam que a prisão do ex-prefeito de Bonfim foi reconsiderada ainda na tarde de ontem (4), pelo próprio magistrado que havia determinado a medida.
O alvará foi cumprido agora de manhã no Hospital Geral de Roraima (HGR), onde Joner Chagas está internado, em razão de um agravamento do seu estado de saúde. Mesmo com a decisão judicial, ele permanece hospitalizado,
Joner é portador de diabetes mellitus tipo 2 crônica, apresenta comprometimento renal, necessitando de acompanhamento médico contínuo.
A defesa reforça que o fundamento utilizado para o pedido de prisão preventiva, risco de fuga, não procede. A busca e apreensão realizada pela Polícia Federal não ocorreu na sua residência oficial em Bonfim, onde vive há 20 anos, onde seus filhos estudam e onde possui domicílios eleitoral e empresarial, mas sim em sua casa de apoio em Boa Vista, por isso ele não foi localizado, levando à interpretação equivocada de tentativa de fuga.
Esclarece-se, ainda, que no mesmo dia da busca e apreensão, a defesa de Joner Chagas protocolou uma petição junto à Polícia Federal, colocando-o à disposição das autoridades e informando que se encontrava em sua moradia habitual, justamente o endereço ignorado pela operação.
Por fim, se coloca à disposição das autoridades para esclarecer toda e qualquer dúvida a respeito de sua conduta."
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