PCC em Roraima mantém 'lojas' do tráfico de drogas e envia dinheiro dos lucros a SP, aponta Polícia Civil

  • 25/11/2025
(Foto: Reprodução)
Polícia Civil de Roraima apresentou balanço da segunda fase da Operação Fim de Dança, que prendeu integrantes do PCC no estado. Caíque Rodrigues/g1 RR O Primeiro Comando da Capital (PCC) mantém em Roraima um esquema de “lojas” do tráfico de drogas que faturam cerca de R$ 1,5 mil por dia, segundo a Polícia Civil. Parte desse dinheiro é enviado para a facção em São Paulo. As informações foram repassadas nesta terça-feira (25), durante coletiva de imprensa sobre a segunda fase da Operação Fim de Dança, que prendeu integrantes do PCC no estado. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 RR no WhatsApp Segundo as investigações, pelo menos 55 “lojas” de drogas — pontos de vendas — foram identificadas em diferentes regiões do estado. Em Caracaraí, no Sul de Roraima, os agentes localizaram dez pontos de venda. De acordo com o delegado Wesley Costa de Oliveira, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e coordenador da operação, cada investigado era responsável por um desses pontos. "Basicamente cada um dos investigados era responsável por uma loja. Então, nesse primeiro momento, foram 56 investigados. Só havia um caso em que dois investigados cuidavam da mesma loja, que era o marido e a mulher que promoviam o tráfico de drogas. Então, nós podemos dizer que tinham no mínimo 55 pontos de venda de entorpecentes", disse Wesley ao g1. Operação Fim de Dança cumpiu mandados de busca e de prisão em Roraima e São Paulo. PCRR/Divulgação A operação, deflagrada na manhã desta terça-feira, é considerada a maior já realizada pela Polícia Civil em Roraima, e ocorreu em atuação integrada com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Roraima (MPRR). Ela mobilizou mais de 300 policiais civis, entre eles 51 delegados, distribuídos em 95 viaturas. Ao todo, foram expedidas 77 ordens judiciais, sendo 22 mandados de prisão preventiva e 64 de busca e apreensão. Até as 10h, 15 buscas haviam sido cumpridas e 17 investigados tinham sido presos. Dois mandados de prisão foram cumpridos em São Paulo. Segundo a Polícia Civil, um dos presos no estado atuava na área financeira do PCC em Roraima. Polícia Civil de Roraima deflagra megaoperação contra facção e cumpre 77 ordens judiciais Divulgação/Polícia Civil Além disso, outras nove pessoas foram detidas em flagrante durante a operação. Em Caracaraí, um investigado foi preso com meio quilo de pasta base de cocaína. A polícia também apreendeu dois veículos, munições, celulares e drogas, incluindo pasta base de cocaína em Boa Vista, Caracaraí e São João da Baliza. A delegada-geral, Darlinda Moura, classificou a operação como “extremamente exitosa” e destacou que não houve feridos entre policiais e investigados. “É a maior operação que a Polícia Civil já fez no estado. O objetivo é atacar diretamente uma das facções que opera dentro de Roraima. A ação ocorreu sem intercorrências e com cumprimento quase total dos mandados”, disse Darlinda. Primeira fase da operação Fim de Dança Operação mira facção criminosa que comanda tráfico de drogas em quatro municípios de RR LEIA MAIS: Como em 20 anos o PCC saltou de facção com 5 mil criminosos para virar máfia com 40 mil membros Polícia Civil faz megaoperação contra o PCC e cumpre 77 mandados em cidades de Roraima O delegado João Evangelista, titular da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), afirmou que o impacto deve refletir também na redução de assassinatos ligados a disputas por território e ao tráfico de drogas. “Esses investigados alimentam toda uma cadeia criminosa. A venda de drogas fomenta furtos, roubos e homicídios. Hoje nós damos um duro golpe no PCC em Roraima”, declarou. 🔎 O PCC, que surgiu há mais de 30 anos em uma prisão e há duas décadas era uma facção com 5 mil criminosos, exclusivamente no estado de São Paulo, se espalhou pelo Brasil e pelo mundo. Atualmente conta com cerca de 40 mil membros e já é considerada uma máfia, segundo o promotor Lincoln Gakiya, que investiga há décadas a ação do grupo criminoso no estado de São Paulo. Um estudo divulgado em novembro deste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontou que o PCC domina a criminalidade em Roraima. A facção está presente em 13 dos 15 municípios do estado, incluindo a capital Boa Vista, e tem domínio exclusivo em cinco. Operação Fim de Dança Esta é a segunda fase da Operação Fim de Dança, que prendeu membros do PCC que comandavam o tráfico de drogas em Boa Vista, Rorainópolis, Caracaraí e Mucajaí. O principal alvo, Rodrigo Alberto Xavier, de 37 anos, conhecido como "Sorriso Maroto", foi preso em maio deste ano na operação. A ação foi coordenada pelo delegado Wesley Costa de Oliveira, titular da Draco. Durante a coletiva, o delegado informou que a segunda fase da operação foi planejada ao longo de vários meses de investigação. “Foram meses de investigação que resultaram em prisões, apreensões e em um golpe direto contra a estrutura do PCC no estado. Nosso objetivo é retirar faccionados das ruas, desarticular as lojas de droga e reduzir os homicídios que decorrem dessa disputa por território. E esse trabalho não para, novas operações virão", disse Wesley. Segundo a Polícia Civil, o objetivo é causar impacto direto na estrutura da facção, atingindo integrantes que atuam desde funções operacionais até setores responsáveis pela movimentação financeira do grupo. Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

FONTE: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2025/11/25/pcc-em-roraima-mantem-lojas-do-trafico-de-drogas-e-envia-dinheiro-dos-lucros-a-sp-aponta-policia-civil.ghtml


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