PF mira secretário de Educação por fraudes em contratos de limpeza para escolas indígenas em RR
04/09/2025
(Foto: Reprodução) Secretário de Educação, Mikael Wallas Cunha Cury-Rad
Reprodução/Instagram
PF mira esquema de fraude em contratos para escolas indígenas em Roraima.
PF/Divulgação
O secretário de Educação de Roraima Mikael Wallas Cunha Cury-Rad foi alvo da Polícia Federal nesta quinta-feira (4) por suspeita de fraudar contratos para atender escolas indígenas com materiais de higiene, limpeza e conservação. Além dele, outros servidores públicos e empresas são investigados.
Mikael Cury-Rad é suspeito de contratar a empresa Pátio dos Carros, de venda de veículos, para prestar o serviço de limpeza nas escolas.
Na operação, denominada Raubritter, a PF cumpriu 14 mandados de busca e apreensão contra os envolvidos. Agentes também fizeram buscas na sede da Secretaria de Educação de Roraima (Seed), órgão do governo do estado.
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Procurada pelo g1, a Seed disse que está colaborando integralmente com a PF e que todas as informações e documentos solicitados estão sendo disponibilizados às autoridades. A nota, enviada pela Secretaria de Comunicação, informou que o posicionamento era o mesmo para o governo e o Mikael Cury-Rad.
"A secretaria informa ainda que os procedimentos investigados têm origem em recurso administrativo e confia que os fatos serão devidamente esclarecidos e garante a continuidade dos serviços prestados", ressaltou.
O g1 tenta localizar a defesa da empresa Pátio dos Carros. Além disso, solicitou posicionamento via email, mas até a última atualização não obteve reposta.
Investigações
Segundo as investigações, uma das licitações foi direcionada a empresa que atuava exclusivamente no comércio de carros. Um dia antes do pregão para contratação da fornecedora, a empresa alterou o CNPJ, incluindo a atividade de comércio atacadista de produtos de higiene e conservação. A suspeita é de que a mudança foi feita para atender às exigências do edital da Seed.
Os investigadores identificaram ainda que outras empresas concorrentes, que apresentaram propostas iguais ou inferiores, foram eliminadas do certame sem justificativas adequadas, "direcionando a vitória" para a empresa de carros.
Ainda de acordo com a PF, os produtos contratados não foram entregues integralmente, o que violou cláusulas contratuais e causou um prejuízo estimado em mais de R$ 4 milhões aos cofres públicos. A operação também fez o sequestro de bens e bloqueio de valores correspondente ao prejuízo.
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